sexta-feira, 31 de agosto de 2007

O que deve ser feito?

Em um passeio de domingo na região do Morumbi, na zona sul de São Paulo, não é difícil se deparar com uma rua de acesso bloqueado ou com algum engravatado de walk-talk na mão que está sendo pago para manter longe do local o maior inimigo da vida moderna: a violência.

Discretamente, o segurança privado foi ficando cada vez mais presente no nosso cotidiano para proteger as ruas, casas e carros das pessoas mais afortunadas. Essa nova figura social parece ter saído de um filme de Hollywood, mas faz parte de um fenômeno que surgiu no final dos anos 60 como resposta aos freqüentes assaltos a bancos. Mas que só foi regulamentada nos anos 80. O mercado de segurança privada cresceu muito nos últimos anos por causa da urbanização crescente e do fracasso na segurança pública.

Pesquisa realizada pelo Ibope mostra que a principal preocupação do paulistano é com a segurança. O que será que está sendo feito para mudarmos esse quadro? Será que colocar portões nas ruas da cidade e ferir o nosso direito de ir e vir é a solução mais lógica para resolvermos esse problema? Talvez, para os mais afortunados, criar uma “jaula cinco estrelas” e colocar meia dúzia de engravatados com walk-talk ao redor dela seja mesmo uma solução, mas não para o comerciante da classe média que não tem dinheiro para proteger o seu patrimônio, ou para o pobre trabalhador honesto que tranca a porta do seu barraco para se proteger de mais um tiroteio na favela.

Fonte: IstoÉ

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom o texto!
Adorei!!!
Infelizmente é isso que acontece mesmo!
Parabéns a todos!
Beijão*