segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Segurança em demasia

O jornal francês Le Figaro numa reportagem disse que o mercado de segurança privada no Brasil “explodiu” nos último dois anos. "A escassa presença de policiais na rua, junto com uma alta delinqüência nas grandes cidades, aterroriza as classes médias. Não se passa um dia sem que um jogador vedete de futebol não tome conhecimento de que um membro de sua família foi seqüestrado", afirmou o jornal.

O que está acontecendo para que as pessoas fiquem tão suscetíveis a ponto de serem obrigadas a contratar segurança privada para se sentirem à vontade? Talvez a falta de um policiamento mais efetivo, talvez leis mais duras em relação aos delinqüentes.

O problema maior é tudo isso ser tratado com normalidade “Já que não me sinto seguro contrato uma empresa que vai me proteger”.

A segurança pública deveria ser revista para que deixassem de existir tantos crimes desde furtos até seqüestros-relâmpago que fazem com que as pessoas entrem num nível de medo exagerado (e com total razão).

O normal não é sair de casa olhando para todos os lados, achar que alguém andando do seu lado vai te assaltar, nem negociar com bandidos para que eles dêem trégua nos jogos pan-americanos, para depois voltarem à ativa.

O normal é ter o direito de viver em paz e não ser obrigado a contratar serviços de segurança privada.

Fonte: Folha OnLine

2 comentários:

Anônimo disse...

eu entendi errado ou vcs querem dizer que a solução é colocar a polícia na rua??? O maluf já falou muito isso aí também. A polícia despreparada, que traz a herança comportamental dos temop da ditadura não vai me deixar mais seguro

Laura Bergamo disse...

A questão aqui não é Rota 66 que ia para a rua nos tempos da ditadura, e sim quais são os parâmetros de normalidade. É normal uma pessoa pagar por um carro blindado para se sentir mais segura? A polícia precisa ser bem treinada e ser for preciso uma segurança mais efetiva que haja, para que não seja preciso pagar para ser escravo da violência.